Direção de Arte e Ilustrações

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cartão de Férias Biamar

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Entrevista

Moreno De Franceschi e Lima
Profissão: Diretor de Arte - Ilustrador Freelancer
Formação: Relações Públicas pela UCS - Marketing pela ESPM
Ferramentas: Illustrator, Photoshop e InDesign / FreeHand, nas plataformas MAC e PC
Atividade Extra: Sócio Fundador e Presidente do Clube de Criação de Caxias do Sul

1 - Como você utiliza a criatividade no seu trabalho?

Busco cercear-me de conceitos. Não somente dos conceitos em peças e idéias prontas de anuários, mas também nas artes plásticas, na música, no cinema, na dança, nas HQs, na arquitetura, na literatura, etc. Procuro ainda, unir à criatividade em meu trabalho a pró-atividade, numa busca constante pelas grandes idéias, pela “sacada” perfeita, em qualquer trabalho, com ou sem verba, com ou sem prazo. Pelo menos até o cliente pedir para “aumentar o logotipo” (risos).

2 - Você nota diferença no resultado final de uma atividade quando o processo criativo é mais aguçado?

A diferença é total. O processo criativo é o princípio, a etapa mais importante, e está diretamente ligado ao planejamento para a execução de um trabalho. Pulando essa etapa ou mesmo negligenciando-a, o resultado final poderá até ser bom, mas estará longe de ser genial. E um criativo só é reconhecido quando é genial.

3 - De onde surgem suas idéias?

Surgem do nada (risos). Como se diz, surgem do ócio criativo; em momentos de descontração, no banheiro, durante o cafezinho, fumando um cigarro, em um brainstorming entre a Dupla de Criação, etc. Toda e qualquer idéia que surge daí, obviamente, deve possuir embasamento em pesquisas, no conhecimento sobre o negócio do cliente, sobre o seu produto, a fatia de mercado em que está inserido, o perfil do seu consumidor, entre outros.

4 - A criatividade exige muito esforço de você? Há crises no seu processo de criação (ex. não ter idéias...)?

É fácil dizer que o trabalho de uma pessoa é ótimo, simplesmente olhando para uma peça ou uma campanha pronta. A criatividade exige muito esforço, sim, e o que a maioria das pessoas não sabe é que, para se chegar a um bom nível criativo, são perdidas horas e mais horas com pesquisas e estudos, quebrando a cabeça, chutando pedra, com prazos cada vez mais curtos, contornando o “branco” nas idéias com altos níveis de nicotina e cafeína, e freqüentes estresses com Atendimentos. Posteriormente vem a recompensa; um tapinha nas costas, um aumento de trabalho, etc. Conseguir manter-se nesse nível, sem deixar-se barrar o ímpeto criativo, é ainda mais difícil.

5 - Na sua opinião, a criatividade é um diferencial no mercado de trabalho (principalmente na área da publicidade)?

A criatividade é o cartão de visitas de uma empresa bem sucedida. Não é à toa que a 3M é esse gigante em soluções para as mais variadas necessidades; a criatividade é estimulada internamente, inclusive com momentos destinados apenas para o desenvolvimento de novos produtos.
Na publicidade e propaganda, a criatividade de uma agência torna-se um diferencial competitivo no momento que constitui um case. Não basta desenvolver anúncios premiáveis com piadinhas que gerem recall (da piada), é importante pensar de forma planejada e coesa; peças e ações devem agir de forma integrada num ambiente de multicomunicação.

6 - Como você avalia a criatividade do mercado publicitário nacional?

Avalio de forma positiva. A criatividade da propaganda brasileira hoje é referência para muitos países e comparada com as melhores do mercado mundial. Nomes como Washington Olivetto, Nizan Guanaes, Eduardo Fischer, entre muitos outros, elevaram o nível da propaganda brasileira, que hoje é respeitada internacionalmente.

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Entrevista concedida aos acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade de Caxias do Sul, em setembro de 2008.